O imprevisto acontece.
Não temos opção de escolha. Se pudéssemos mandar, claro está que escolheríamos tudo do bom e do melhor e nada de mau nos aconteceria.
Nestes últimos 10 dias tive de alterar alguns projectos de vida.
A minha tão planeada viagem à cidade luz acabou por ser programada para outra ocasião.
Malas desfeitas e roupa enfiada à pressa num saco de viagem.
Fiz-me ao caminho. Em dez dias fiz
Motivo: internamento da minha mãe que teve um AVC.
Dei voltas e mais voltas, tentando resolver tudo o melhor possível.
Já saiu do hospital para onde foi levada quando tudo aconteceu.
Transferi-a para outro, pois tem necessidade de fazer fisioterapia para ver se consegue retomar o andar, e ganhar força no braço.
E, porque neste país o sistema nacional de saúde está cada vez pior, claro que teve de ir para um particular, apesar de, quase à porta de casa haver um hospital público, novo, muito bem apetrechado para casos como o dela.
Contudo, a assistente social achava por bem que ela fosse transferida para um local distante da residência da doente (e do meu pai) cerca de
Teria um velhote com 82 anos capacidade de fazer todos os dias
A assistente social, apesar de no processo da doente, estar mencionada a necessidade de cuidados continuados, achava que, se ele não queria interná-la tão longe, tinha a possibilidade de a levar para casa e fazer fisioterapia, num centro qualquer mais perto.
Ora, se a senhora não anda, não se levanta, não vai à wc sozinha…(não é nada autónoma) , como é que a fulaninha queria que a minha mãe , além do mais, entrasse e saísse num carro para ser transportada aos tratamentos?
Ou chamávamos a ambulância para a levar todos os dias?
Mas, o mais caricato, é que, no hospital da nossa terra há 13 camas vagas. As 2 que foram ocupadas têm doentes de Viseu e Castelo Branco (ambos estão a cerca de
Mas também já arranjei explicação para isto: Quanto mais longe o doente for internado para os tais tratamentos de recuperação….menos há a possibilidade de isso ser aceite pela família.
Depois….há duas opções:
É velhote….e pobre….então a família acaba por o levar para casa, e, como ele não vai recuperar assim tão facilmente, acaba por cair numa cama sem os necessários cuidados…
Se tem meios…. A família que trate dele e que lhe dê os tratamentos onde quiser.
Não seria humano que os doentes ficassem o mais perto possível da residência e lhes fossem dados, gratuitamente, cerca de uns 10 tratamentos?
É que assim sempre recuperavam alguma coisa e depois,… então eram entregues à família.
Entretanto: continuarei a “viajar” entre Lisboa e a terrinha, porque, além das visitas à minha mãe, ainda tenho roupa para tratar, casa para limpar e comida para deixar feita ao meu velhote.
Tem sido cá uma estafa!
Só espero mesmo, para bem de todos nós, que a recuperação dê mesmo o resultado desejado.
Sempre que tiver um pouco de tempo, passarei para dar notícias.
Boa semana para quem me visita.